quarta-feira, 16 de março de 2011

Especialista diz que a Capital está sujeita a catástrofes
BOLÍVAR OBERTO/CÂMARA DE VEREADORES/JC
Debate realizado ontem na Câmara Municipal de Vereadores discutiu a falta de planejamento na área.
Debate realizado ontem na Câmara Municipal de Vereadores discutiu a falta de planejamento na área.
Em virtude do terremoto que atingiu o Japão e da enxurrada que desabrigou metade da população de São Lourenço do Sul na semana passada, a Câmara Municipal de Porto Alegre, através da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), debateu, em uma reunião realizada ontem, a fragilidade e a falta de preparo da Capital para a ocorrência de catástrofes naturais e desastres ambientais.
O vereador Todeschini (PT), membro da comissão, destacou que a cidade não suporta determinada quantia de chuva em um curto período de tempo, como ocorreu recentemente. "Apenas 18mm de chuva em 15 minutos são suficientes para que ruas fiquem alagadas e casas sejam atingidas", explicou o parlamentar. De acordo com o vereador Dr. Thiago Duarte (PDT), presidente da Cosmam, um dos principais papéis exercidos pela comissão é pressionar a prefeitura para que execute as leis e seja intolerante com ocupações desordenadas em áreas de risco.
"Porto Alegre não possui um mapeamento dos locais suscetíveis a desastres." Essa foi uma das primeiras afirmações do presidente do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas em Desastres da Ufrgs (Ceped/RS), Luiz Carlos Pinto da Silva Filho. Além de citar medidas que vão da elaboração de pesquisas até a formatação de uma ferramenta para a prevenção destes desastres, o especialista acredita que falta mais empenho dos líderes públicos na união com a comunidade acadêmica para o desenvolvimento destes programas preventivos. E avisa que há, sim, o risco de os desastres naturais que estão ocorrendo mundo afora atingirem a Capital, principalmente os moradores das zonas de risco. 
"Essas pessoas devem ser removidas imediatamente. É melhor que haja prevenção do que ocorra um desastre com perda de vidas", adverte Silva Filho. Um dos pontos levantados por todos participantes do fórum é a importância de unir os estudos desenvolvidos pela academia com as leis e os projetos desenvolvidos pelo Executivo e pelo Legislativo.
Silva Filho ressaltou que muitas vezes a população contribui para que grandes desastres naturais aconteçam. Para que isso seja evitado, o professor da Ufrgs acredita que a elaboração de estudos precisos seja de grande importância para o Estado. "Não se pode confiar apenas em médias históricas", observa. 
Outro trabalho desenvolvido pelo centro é o sensoriamento remoto. Ao longo dos rios são colocados sensores capazes de medir o aumento do nível, possibilitando um controle preciso direto de uma central. O vice-governador do Estado, Beto Grill, procurou o pesquisador para que algo desse tipo seja aplicado na região de São Lourenço do Sul.

O trabalho executado pelo Ceped/RS prevê o acompanhamento de possíveis tragédias naturais não apenas em Porto Alegre, mas em todo o Estado. Conforme Silva Filho, a instituição realiza trabalhos com a Fundação Universidade de Rio Grande (Furg) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).




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Histórico de enchentes em Porto Alegre

Grandes inundações e enchentes marcaram a cidade de Porto Alegre ao longo da história. Houve episódios graves que afetaram grande parte da cidade. A mais catastrófica enchente se deu na primeira quinzena de maio de 1941, quando as águas invadiram o Centro e diversos bairros mais próximos do Lago Guaíba do sul ao norte da cidade.
Século XIX
Em 1823, uma enchente destruiu grande parte das plantações da cidade. Dez anos mais tarde, relatos históricos da época descrevem uma inundação de grandes proporções em setembro, tendo as águas atingindo a Rua Marechal Floriano. Em 1841 a cidade voltaria a sofrer com inundações provocadas pela elevação do Guaíba. Em 1847, uma outra enchente, também em setembro, castigaria a cidade. No ano seguinte uma nova inundação. A enchente de julho inundou partes do Caminho Novo (atual Voluntário da Pátria) e a praça do Mercado. Em 1850, nova enchente no mês de julho obstruiu a ponte e danificou a ponte da Azenha. A correnteza bloqueou ainda a recém construída ponte de acesso ao Menino Deus. Uma grande enchente voltaria a castigar Porto Alegre em 1873 devido às intensas precipitações ocorridas no final de setembro e começo de outubro na Bacia do Jacuí. A Rua dos Andradas e o Caminho Novo ficaram debaixo d’água. O serviço de bondes foi interrompido em inúmeros pontos. Foi uma das maiores inundações na capital gaúcha de todo o século XIX com o Guaíba 3,5 metros além da cota. Em 1879 uma cheia afetaria as ilhas do Guaíba. Em 1885 duas enchentes atingiram a cidade, tendo sido considerado um ano muito chuvoso. Em 1897, grande enchente atingiu Porto Alegre durante o inverno. Os bairros Menino Deus, Azenha e Caminho do Meio foram fortemente atingidos. A Ponte das Pedras no caminho da Azenha ruiu com a correnteza. Em 1899, chuva intensa volta a provocar uma cheia na cidade. No mês de outubro, a altura da enchente teria chegado a 2,65 metros além da cota normal do Guaíba.
Séculos XX e XXI
Porto Alegre voltaria a ser castigada por graves enchentes no século XX, mas com menor freqüência e gravidade que nos cem anos anteriores. As primeiras enchentes do século se deram em 1905, 1912 e 1914. Em 1914 o Guaíba ficou 2,6 metros além da cota normal. Veio então 1926. A cheia atingiu grande proporções. Algumas ruas do Centro e do Menino Deus ficaram cobertas de água e era possível andar de barco. Entre 13 de setembro e 3 de outubro daquele ano choveu 317,7 milímetros em Porto Alegre, observando-se chuva em 16 dias. Em setembro de 1928 o Guaíba chegou a ficar 3,20 metros além da cota, novamente produzindo-se uma cheia. No começo do ano de 1936 uma nova enchente na capital com o Guaíba 3,22 metros além da cota. Finalmente, o ano de 1941. O Guaíba atingiu 4,75 metros além da cota normal. Apenas em abril e maio de 1941 a chuva somou 791 milímetros em Porto Alegre, o equivalente a metade da média anual da cidade. A grande cheia deixou 70 mil flagelados sem energia elétrica e água potável. O centro da cidade ficou debaixo d"água e os barcos se tornaram o principal meio de transporte de Porto Alegre em maio daquele ano. Após 1941, o Arroio Dilúvio foi canalizado, o Muro da Mauá foi construído e inicou-se a construção de um sostema de drenagem.
 
Com as obras realizadas posteriormente a 1941, diminuiu a freqüência de inundações na cidade. Mesmo assim a cidade voltaria a sofrer com inundação em agosto de 1965.


Secretarias identificam áreas de risco emPorto Alegre

16/05/2009
Fonte: O Sul (RS)
Técnicos do Demhab (Departamento Municipal de Habitação), da Defesa Civil e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre concluíram as vistorias que identificaram as áreas de risco da capital. Foram constatados problemas nas vilas Túnel Verde (bairro Chapéu do Sol), Silva Paes (Teresôpolis), Ideal (Agronomia), Herdeiros (Lomba do Pinheiro), São João (São José), Altos da Lagoa e Coqueiros (Jardim Leopoldina). Os casos mais comuns detectados são de famílias que moram junto a arroios ou em ruas com esgoto a céu aberto.

A partir da verificação, o diretor-geral do Demhab, analisará a possibilidade deenquadrar os moradores desses locais no programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida - pelo qual serão construídas moradias subsidiadas para pessoas de baixo poder aquisitivo. As famílias que vivem em áreas caracterizadas corno de risco e as que estão em casas de emergência - por terem sido vítimas desinistros - são consideradas prioritárias para serem beneficiadas pelo programa, segundo Goulart.
                                                                                                                                                   
                                         MAPA ATUALIZADO


segunda-feira, 14 de março de 2011

A NATUREZA É QUEM MANDA !!!



Solidariedade


Governo gaúcho anuncia crédito de R$ 50 milhões para socorrer São Lourenço do Sul

Porto Alegre/RS - Portal do Estado do RS - O Governo do Estado colocará à disposição, a partir de segunda-feira (14), uma linha de crédito emergencial de R$ 50 milhões do Banrisul para auxiliar pessoas físicas, jurídicas e famílias que tiveram prejuízos com as chuvas em São Lourenço do Sul, que deixaram 15 mil desabrigados. O financiamento foi anunciado pelo governadorTarso Genro, que visitou a cidade para acompanhar o trabalho de auxílio aos atingidos pela enxurrada feito pela Defesa Civil do Estado em conjunto com a Prefeitura. "Esta linha de financiamento deverá ser suficiente, mas se houver necessidade o Governo do Estado irá aportar mais recursos", disse Tarso Genro.(...)

Foto:  Prefeito José Nunes, Governador Tarso Genro, Presidente da AL-RS dep.  Adão Villaverde e vice gov. Beto Grill. Foto Eduardo Seidl/Palácio Piratini